13 MAIO . Á DESCOBERTA DE BALI
Foi à duas semanas e éramos três - eu, o Gonçalo e a Isabel que (toda contente) já não voltava. De lá seguiu viagem de regresso a Portugal para perto do seu “Valter” essa mítica figura de que tanto ouvimos falar nos últimos três meses...
Ficámos em Kuta no Masa Inn um sitio bastante central para se passar quatro dias na cidade. Dali saímos todos os dias para palmilhar as ruas e ruelas de Kuta city. É uma cidade bastante turística. Cheia de lojas e lojecas, tendinhas, restaurantes e bares para sair à noite, é um bom sítio para quem vem de Dili e quer desanuviar um pouco.
A cidade tem a estrutura típica de localidade costeira e desenvolve-se paralela à linha de mar, virada para a costa, separada a urbe da praia por uma marginal.
A praia de Kuta é um areal extenso a perder de vista e nela acontecem todo o tipo de actividades, desde o trivial banho de sol e de mar até estranhos encontros religiosos (parecia uma seita china), arrendamento de pranchas de surf de todas as cores e feitios, venda de comida e refrescos e de todo o tipo merdeliçes inúteis, e oferta de serviços de massagem Bali Style. Enfim um reboliço dos diabos! Escusado será dizer que ali não fiz praia - Mas também praia tenho eu bastante em Timor.
A estrutura urbana é incrível. Existe uma dúzia de vias principais estruturantes onde circulam carros nos dois sentidos. No espaço sobrante estão os edifícios numa infindável mancha rendilhada de ruelas tão estreitas que só passa um carro de cada vez. O admirável é que todas estas ruas tem dois sentidos e nelas transitam carrinhas, carros, motas e pessoas! Para completar o quadro as bancas das lojas de rua estão sempre montadas à porta na estrada! Neste cenário depressa percebemos porque as scooters são tão populares por estas bandas. Muitas vezes tive que entrar numa loja para deixar passar um carro.
Esta foi para mim a parte mais engraçada de visita. Descobrir a cidade aos poucos, a pé, andar perdido por aquele tecido caótico e de repente fazer uma paragem numa qualquer banca de rua para beber um sumo natural (delicioso!) e refrescar do calor a olhar para um templo de rua hindu a transbordar de oferendas.
Uma das “promessas” mais faladas de Kuta, é a noite afamada dos clubes nocturnos. Cheios de estrangeirada mas também muitos nativos são espaços onde as pessoas vão para beber uns copos e fazer loucuras. Havia para todos os gostos desde os menos “recomendáveis” até aos mais triviais... Fomos a todos! “When in Rome...”
O assédio era indescritível e demos por nós sem conseguir olhar para onde quer que fosse por mais de 1 minuto sem corrermos o sério risco de sermos “abordados” por todo o tipo de gente, feminino e masculino e ainda alguns que até nessa matéria deixaram duvidas... O único que evitou estar-mos toda a noite a dizer “Épa, não obrigadinhos!” foi o facto de estarmos com a Isabel e isso parecer criar algum constrangimento no á vontade das criaturas...
Muita musica ao vivo, muito gente, muita cerveja e algumas bailarinas dentro de jaulas no palco, assim se passavam as noites em Kuta onde o regresso a casa nunca deve ser feito antes das seis da manhã (são muitas discos).
Cansados de tanto andamento marcamos uma excursão para ir até ao Monte e Lago Batur que ficam na zona norte da ilha a 1.700 metros de altura. A microlete pára à porta do hotel ás 8 da manhã, e nós vimos o pequeno veiculo com agrado pois havia a expectativa de irmos só nós e assim podermos “moldar” o programa à nossa vontade. Logo constatámos que íamos buscar um “Sean qualquer coisa” a outro sitio... mas este acabou por se revelar um grande bacano e acabámos por fazer todos uma bela viagem até ao vulcão Batur.
“1st on programme, traditional dance!” (com sotaque indonésio!).
Até tremi a pensar na estopada que ia apanhar... Danças?!? Esta era aquela parte que eu queria bi-passar quando pensei em moldar o programa... bom, vamos lá a isso. Entrámos e nem pareceu muito mau... meia dúzia de turas como nós e uma banda a tocar musica tradicional! Estávamos nós já confortavelmente sentados na nossas cadeirinhas de plástico com os pés cortados (para o pessoal de trás ver...) quando entram ordes de turas chinas e japs para enpacotar o recinto! Ok! era previsível.
A sorte é que as máquinas digitais já não fazem muito barulho a disparar. No final a dança até foi bastante educativa – contava a história tradicional onde o bem vence o mal e sobre a qual o hinduísmo Balinense assenta.
Seguimos caminho e passámos por uma série de aldeias onde se produzem várias artes tradicionais Indonésias. Assim fiquei a saber que a ilha de Bali é toda ela um grande centro de produção artística dentro da gigante estrutura indonésia. Trabalho em madeira, pedra, osso, bambo, batik, pintura, prata e ouro são desenvolvidos na Ilha e “exportados” para o resto do país. Sempre ao chegar-mos às aldeias vimos lojas e oficinas a produzir e vender os produtos daí característicos. É que cada aldeia especializa-se numa certa arte e como resultado os produtos e o próprio artesão e a sua arte são identificados com determinadas zonas da ilha.
Passámos por lindíssimos campos de arroz sulcados na encosta da montanha e visitámos uma quinta de produção de café, cacau, e fruta onde provámos vários produtos regionais e fiquei a conhecer frutas que nunca tinha provado como a snake skin fruit e outra que era deliciosa, uma prima do maracujá.
Mais à frente parámos num templo Hindu com mais de mil anos.
Para o visitar tivemos que vestir uma “saia” vermelha e azul para tapar as pernas em sinal de respeito. Os templos de aldeia (ou vila ou cidade) são os recintos religiosos mais importantes e normalmente são murados e tem uma porta de entrada em pedra ricamente trabalhada. Ao subir uma pequena escada passamos a porta e chegamos à plataforma de pedra onde todo o templo se desenvolve. Estamos no espaço mais público do templo, dois edifícios em madeira e telhado de colmo ladeiam a entrada e dão forma ao pátio. Mais à frente uma outra porta abre para o pátio semi privado, com uma escala mais intimista, está cheio de edifícios e altares incrivelmente decorados e trabalhados em pedra e madeira. No fim, ao fundo a passagem para o espaço mais intimo. Cada edifício tem a sua símbologia e função específica e implantam-se dentro do recinto sobre uma lógica de zonas mais ou menos privadas, representando a graduação espiritual dos percursos do templo.
A nossa guia Dee era uma pequenita indonésia muito bem disposta que nos foi pondo a par das trivialidades do quotidiano balinense hindu e respondendo ás nossas mais que ignorantes perguntas.
Bali é 90% Hindu e o resto são islâmicos, católicos e alguns budistas... O Hinduísmo Balinense rege-se por ciclos semestrais e é extremamente dedicado a uma série inumerável de figuras religiosas com nomes impronunciáveis mas que na altura da explicação fizeram bastante sentido.
Os Hindus à semelhança dos cristãos acreditam num só deus e que este se revela sobre várias formas, no caso dos Hindus são aqueles icons que tanto tornaram Bali popular dentro da cultura ocidental. Falo dos elefantes alados com rabo de peixe, das mulheres com seis braços, dos macacos guerreiros, dos homens com cabeça de tigre, das serpentes e dragões, os porcos alados (há muita coisa alada...)... enfim daquela panóplia de divindades que já todos conhecemos.
Embora acreditem no poder do bem sobre o mal, respeitam estas duas forças em equilíbrio e rezam tanto aos deuses bons como aos maus - aos bons para se chegarem e aos maus para se chegarem para lá... acreditam que cada pessoa nasce com mais quatro “almas irmãs” que a acompanham toda a vida que regulam os estados de espirito das pessoas, e que a formação do caracter do indivíduo é o resultado de como o EU lida com as 4 irmãs. (Dá para entender?) Essas almas estão identificadas, são (mais ou menos) a bondade, a maldade, a responsabilidade e a inconsequência. Se hoje te sentes particularmente maldoso... fala com a mana maldade, tenta convencê-la a não sair... e a mana bondade também pode entrar na conversa! - Pelos vistos este é um país onde todos tem amiguinhos imaginários...
O ciclo interminável das rezas. De manhã ao iniciar o dia na cozinha faz-se uma oferta aos deuses para agradecer a comida. Chaga-se ao trabalho faz-se uma oferta para abrir a loja e pedir sorte para o dia. Ao almoço outra oferta de comida. Ao fim do dia fecha-se a loja e agradece-se o dia com a oferta da tarde... se a loja abre à noite, mais ofertas! E nós perguntávamos “todos os dias?”, “isso é nos dias normais porque nos dias de festa há mais!!”.
A oferenda básica consiste nuns pequenos cestinhos quadrangulares de palha onde se mete o ingrediente base da oferenda – flores, mais outros objecto representativos do momento e pedido especifico da oferenda. O mais comum é encontrar comida como arroz e bolachas mas também vi cigarros e bijutarias de plástico...
Á uma semana tinha acontecido uma festa religiosa semestral chamada “o dia amarelo” e por isso todos os altares e templos estavam enfeitados com flores e panos amarelos e as estradas tinham nas bermas grandes varas de bambo e palmeira com oferendas penduradas. Tivemos sorte!
No regresso ainda ouve uma paragem na monkey forest (em português, grande macacada) onde depois de ler todos o sinais afixados e de ouvir todas as recomendações relativas á alimentação dos espécimes resolvi que era mais seguro não comprar as ditas bananas e simplesmente passear... e nem foi mal pensado! Parece que os animais quando vêem uma banana passam-se e só param quando a têm na boca! Vi muito boa gente (todas mulheres...: ) a gritar de susto com os avanços do macaquedo e a ter que largar a fruta antes de apanhar com um mono em cima! Muito bom! : ) Foi bastante educativo... O espaço em si, a “floresta” era engraçada. Um verde cerrado que não deixa ver para além das primeiras árvores, atravessado por passeios de pedra que acompanham suavemente o terreno e permitem dar um pequeno passeio. Vimos muita macacada, esquilos e até um grande morcego. Ouvimos a passarada e os sons do mato... com alguns gritinhos pelo meio.
Essa noite foi calma, jantámos uns noodles e ficámos à conversa até o cansaço bater forte..
Bali foi bom.
Não é o que nos vendem no ocidente, e por isso esperava algo diferente... mas mesmo assim foi bom. Bali povoa o nosso imaginário vacationesco à demasiado tempo para ser encarado de ânimo leve e por isso havia alguma expectativa.
Ficámos em Kuta no Masa Inn um sitio bastante central para se passar quatro dias na cidade. Dali saímos todos os dias para palmilhar as ruas e ruelas de Kuta city. É uma cidade bastante turística. Cheia de lojas e lojecas, tendinhas, restaurantes e bares para sair à noite, é um bom sítio para quem vem de Dili e quer desanuviar um pouco.
A cidade tem a estrutura típica de localidade costeira e desenvolve-se paralela à linha de mar, virada para a costa, separada a urbe da praia por uma marginal.
A praia de Kuta é um areal extenso a perder de vista e nela acontecem todo o tipo de actividades, desde o trivial banho de sol e de mar até estranhos encontros religiosos (parecia uma seita china), arrendamento de pranchas de surf de todas as cores e feitios, venda de comida e refrescos e de todo o tipo merdeliçes inúteis, e oferta de serviços de massagem Bali Style. Enfim um reboliço dos diabos! Escusado será dizer que ali não fiz praia - Mas também praia tenho eu bastante em Timor.
A estrutura urbana é incrível. Existe uma dúzia de vias principais estruturantes onde circulam carros nos dois sentidos. No espaço sobrante estão os edifícios numa infindável mancha rendilhada de ruelas tão estreitas que só passa um carro de cada vez. O admirável é que todas estas ruas tem dois sentidos e nelas transitam carrinhas, carros, motas e pessoas! Para completar o quadro as bancas das lojas de rua estão sempre montadas à porta na estrada! Neste cenário depressa percebemos porque as scooters são tão populares por estas bandas. Muitas vezes tive que entrar numa loja para deixar passar um carro.
Esta foi para mim a parte mais engraçada de visita. Descobrir a cidade aos poucos, a pé, andar perdido por aquele tecido caótico e de repente fazer uma paragem numa qualquer banca de rua para beber um sumo natural (delicioso!) e refrescar do calor a olhar para um templo de rua hindu a transbordar de oferendas.
Uma das “promessas” mais faladas de Kuta, é a noite afamada dos clubes nocturnos. Cheios de estrangeirada mas também muitos nativos são espaços onde as pessoas vão para beber uns copos e fazer loucuras. Havia para todos os gostos desde os menos “recomendáveis” até aos mais triviais... Fomos a todos! “When in Rome...”
O assédio era indescritível e demos por nós sem conseguir olhar para onde quer que fosse por mais de 1 minuto sem corrermos o sério risco de sermos “abordados” por todo o tipo de gente, feminino e masculino e ainda alguns que até nessa matéria deixaram duvidas... O único que evitou estar-mos toda a noite a dizer “Épa, não obrigadinhos!” foi o facto de estarmos com a Isabel e isso parecer criar algum constrangimento no á vontade das criaturas...
Muita musica ao vivo, muito gente, muita cerveja e algumas bailarinas dentro de jaulas no palco, assim se passavam as noites em Kuta onde o regresso a casa nunca deve ser feito antes das seis da manhã (são muitas discos).
Cansados de tanto andamento marcamos uma excursão para ir até ao Monte e Lago Batur que ficam na zona norte da ilha a 1.700 metros de altura. A microlete pára à porta do hotel ás 8 da manhã, e nós vimos o pequeno veiculo com agrado pois havia a expectativa de irmos só nós e assim podermos “moldar” o programa à nossa vontade. Logo constatámos que íamos buscar um “Sean qualquer coisa” a outro sitio... mas este acabou por se revelar um grande bacano e acabámos por fazer todos uma bela viagem até ao vulcão Batur.
“1st on programme, traditional dance!” (com sotaque indonésio!).
Até tremi a pensar na estopada que ia apanhar... Danças?!? Esta era aquela parte que eu queria bi-passar quando pensei em moldar o programa... bom, vamos lá a isso. Entrámos e nem pareceu muito mau... meia dúzia de turas como nós e uma banda a tocar musica tradicional! Estávamos nós já confortavelmente sentados na nossas cadeirinhas de plástico com os pés cortados (para o pessoal de trás ver...) quando entram ordes de turas chinas e japs para enpacotar o recinto! Ok! era previsível.
A sorte é que as máquinas digitais já não fazem muito barulho a disparar. No final a dança até foi bastante educativa – contava a história tradicional onde o bem vence o mal e sobre a qual o hinduísmo Balinense assenta.
Seguimos caminho e passámos por uma série de aldeias onde se produzem várias artes tradicionais Indonésias. Assim fiquei a saber que a ilha de Bali é toda ela um grande centro de produção artística dentro da gigante estrutura indonésia. Trabalho em madeira, pedra, osso, bambo, batik, pintura, prata e ouro são desenvolvidos na Ilha e “exportados” para o resto do país. Sempre ao chegar-mos às aldeias vimos lojas e oficinas a produzir e vender os produtos daí característicos. É que cada aldeia especializa-se numa certa arte e como resultado os produtos e o próprio artesão e a sua arte são identificados com determinadas zonas da ilha.
Passámos por lindíssimos campos de arroz sulcados na encosta da montanha e visitámos uma quinta de produção de café, cacau, e fruta onde provámos vários produtos regionais e fiquei a conhecer frutas que nunca tinha provado como a snake skin fruit e outra que era deliciosa, uma prima do maracujá.
Mais à frente parámos num templo Hindu com mais de mil anos.
Para o visitar tivemos que vestir uma “saia” vermelha e azul para tapar as pernas em sinal de respeito. Os templos de aldeia (ou vila ou cidade) são os recintos religiosos mais importantes e normalmente são murados e tem uma porta de entrada em pedra ricamente trabalhada. Ao subir uma pequena escada passamos a porta e chegamos à plataforma de pedra onde todo o templo se desenvolve. Estamos no espaço mais público do templo, dois edifícios em madeira e telhado de colmo ladeiam a entrada e dão forma ao pátio. Mais à frente uma outra porta abre para o pátio semi privado, com uma escala mais intimista, está cheio de edifícios e altares incrivelmente decorados e trabalhados em pedra e madeira. No fim, ao fundo a passagem para o espaço mais intimo. Cada edifício tem a sua símbologia e função específica e implantam-se dentro do recinto sobre uma lógica de zonas mais ou menos privadas, representando a graduação espiritual dos percursos do templo.
A nossa guia Dee era uma pequenita indonésia muito bem disposta que nos foi pondo a par das trivialidades do quotidiano balinense hindu e respondendo ás nossas mais que ignorantes perguntas.
Bali é 90% Hindu e o resto são islâmicos, católicos e alguns budistas... O Hinduísmo Balinense rege-se por ciclos semestrais e é extremamente dedicado a uma série inumerável de figuras religiosas com nomes impronunciáveis mas que na altura da explicação fizeram bastante sentido.
Os Hindus à semelhança dos cristãos acreditam num só deus e que este se revela sobre várias formas, no caso dos Hindus são aqueles icons que tanto tornaram Bali popular dentro da cultura ocidental. Falo dos elefantes alados com rabo de peixe, das mulheres com seis braços, dos macacos guerreiros, dos homens com cabeça de tigre, das serpentes e dragões, os porcos alados (há muita coisa alada...)... enfim daquela panóplia de divindades que já todos conhecemos.
Embora acreditem no poder do bem sobre o mal, respeitam estas duas forças em equilíbrio e rezam tanto aos deuses bons como aos maus - aos bons para se chegarem e aos maus para se chegarem para lá... acreditam que cada pessoa nasce com mais quatro “almas irmãs” que a acompanham toda a vida que regulam os estados de espirito das pessoas, e que a formação do caracter do indivíduo é o resultado de como o EU lida com as 4 irmãs. (Dá para entender?) Essas almas estão identificadas, são (mais ou menos) a bondade, a maldade, a responsabilidade e a inconsequência. Se hoje te sentes particularmente maldoso... fala com a mana maldade, tenta convencê-la a não sair... e a mana bondade também pode entrar na conversa! - Pelos vistos este é um país onde todos tem amiguinhos imaginários...
O ciclo interminável das rezas. De manhã ao iniciar o dia na cozinha faz-se uma oferta aos deuses para agradecer a comida. Chaga-se ao trabalho faz-se uma oferta para abrir a loja e pedir sorte para o dia. Ao almoço outra oferta de comida. Ao fim do dia fecha-se a loja e agradece-se o dia com a oferta da tarde... se a loja abre à noite, mais ofertas! E nós perguntávamos “todos os dias?”, “isso é nos dias normais porque nos dias de festa há mais!!”.
A oferenda básica consiste nuns pequenos cestinhos quadrangulares de palha onde se mete o ingrediente base da oferenda – flores, mais outros objecto representativos do momento e pedido especifico da oferenda. O mais comum é encontrar comida como arroz e bolachas mas também vi cigarros e bijutarias de plástico...
Á uma semana tinha acontecido uma festa religiosa semestral chamada “o dia amarelo” e por isso todos os altares e templos estavam enfeitados com flores e panos amarelos e as estradas tinham nas bermas grandes varas de bambo e palmeira com oferendas penduradas. Tivemos sorte!
No regresso ainda ouve uma paragem na monkey forest (em português, grande macacada) onde depois de ler todos o sinais afixados e de ouvir todas as recomendações relativas á alimentação dos espécimes resolvi que era mais seguro não comprar as ditas bananas e simplesmente passear... e nem foi mal pensado! Parece que os animais quando vêem uma banana passam-se e só param quando a têm na boca! Vi muito boa gente (todas mulheres...: ) a gritar de susto com os avanços do macaquedo e a ter que largar a fruta antes de apanhar com um mono em cima! Muito bom! : ) Foi bastante educativo... O espaço em si, a “floresta” era engraçada. Um verde cerrado que não deixa ver para além das primeiras árvores, atravessado por passeios de pedra que acompanham suavemente o terreno e permitem dar um pequeno passeio. Vimos muita macacada, esquilos e até um grande morcego. Ouvimos a passarada e os sons do mato... com alguns gritinhos pelo meio.
Essa noite foi calma, jantámos uns noodles e ficámos à conversa até o cansaço bater forte..
Bali foi bom.
Não é o que nos vendem no ocidente, e por isso esperava algo diferente... mas mesmo assim foi bom. Bali povoa o nosso imaginário vacationesco à demasiado tempo para ser encarado de ânimo leve e por isso havia alguma expectativa.
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